O número é seis vezes maior que a cobertura da Universidade Aberta Brasileira (UAB) prevista para o início de 2009, de acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para ele, o ensino a distância é uma nova fronteira na educação superior e precisa de paradigmas sólidos para não comprometer a ampliação do acesso à educação desse nível no País.
Para isso, segundo o ministro, é preciso garantir consistência e qualidade no sistema. Haddad entende que, assim como a educação superior pública presencial é modelo para todo o sistema universitário, o Estado precisa se responsabilizar pela criação de um referencial em relação à modalidade a distância.
Criada em 2006, a Universidade Aberta do Brasil amplia a oferta de cursos superiores em instituições públicas, por meio da educação a distância. A prioridade é formar novos professores para atuar na educação básica e oferecer formação continuada àqueles já em exercício. “É difícil pensar a formação continuada para dois milhões de professores sem o modelo da tecnologia da educação num país com as dimensões do Brasil”, afirmou o ministro em recente encontro de coordenadores das instituições integrantes do Sistema UAB, referindo-se aos professores da educação básica que precisam receber formação.
Nos 562 pólos de formação e suporte espalhados pelo Brasil, há laboratórios de informática, biblioteca e acompanhamento de tutores para as atividades presenciais. “O pólo é a casa do professor (em formação), onde ele tem uma interlocução com os tutores e professores”, enfatizou Haddad. “Esses alunos estavam distantes da possibilidade de formação e vêem a UAB como nova perspectiva profissional”, completou.
Para Haddad, a modalidade a distância ajuda a ampliar e democratizar o acesso à educação superior em conjunto com outras ações e programas do Ministério da Educação em curso, como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (ReUni).
“Vamos cumprir a meta de alcançar a taxa de 30% de matrícula bruta na educação superior entre 18 e 24 anos”, disse, em referência à meta estabelecida no Plano Nacional de Educação (PNE), que entrou em vigor em 2000, com duração de dez anos. “Num próximo PNE, poderemos fixar a meta de atender 50% da juventude”, previu.
Graduação
- Adalberto Ribeiro
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