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Obra percorre 30 anos de caminhada na avaliação de projetos socioeducacionais

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Avaliação de Programas Socioeducacionais: como enfocar e pôr em prática — uma alternativa naturalística

Como saber em que medida um projeto socioeducacional está conseguindo fazer a diferença para o público atendido? E o que as pessoas que estão diretamente envolvidas com os programas podem de fato fazer com resultados e aprendizados de avaliações? É por meio da avaliação de programas socioeducacionais que se mede a relevância e o mérito das ações desenvolvidas nestas iniciativas.

Para quem não tem familiaridade com o tema, parece algo distante e complicado, mas três autores pioneiros na áreadesenvolveram um método para tornar o processo avaliativo mais humanizado e acessível para quem está no dia a dia dos programas.

O método, baseado na abordagem naturalística, foi transformado em livro, ou melhor, na série de oito cadernos intitulada “Avaliação de Programas Socioeducacionais: como enfocar e pôr em prática — uma alternativa naturalística”, que percorrem a trajetória de 30 anos da avaliação e monitoramento de programas sociais.

Saiba mais sobre a obra “Avaliação de Programas Socioeducacionais: como enfocar e pôr em prática — uma alternativa naturalística”

As vozes desta narrativa são a brasileira Thereza Penna Firme, a indiana Vathsala lyengar Stone e o salvadorenho Juan Antonio Tijiboy. O ponto de partida é 1986, com um pedido do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para que o trio avaliasse, de forma humanizada, projetos voltados a crianças em situação de rua. A chegada, 2021, ano em que a pandemia de Covid-19 acentua as desigualdades em todo o mundo.

“A obra sistematiza, de forma inédita, 30 anos de acúmulo de experiências e estudos por meio do método naturalístico, que humaniza o processo de avaliação, ao mesmo tempo que o aproxima do campo do fazer, dos profissionais que estão na ponta, no dia a dia das organizações sociais, junto às crianças e suas famílias.”, explica Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social, instituição que abraçou o projeto dos pesquisadores.

Em 3 décadas, o campo da avaliação contou com novas abordagens, mas o método naturalístico torna-se cada vez mais atual por sua capacidade de incluir a avaliação sem afastar aqueles que estão sendo avaliados. “A aproximação deve ocorrer por meio do diálogo e às vezes de representações lúdicas, para que possamos entender o contexto em que vivem sem sermos invasivos. Nesta abordagem, o próprio pesquisador é um instrumento humano de avaliação”, explica Thereza, que é doutora em avaliação pela Stanford University (EUA) e aos 92 anos coordena o Centro de Avaliação da Fundação CESGRANRIO.

Vathsala lyengar Stone, doutora em metodologia de pesquisa e avaliação educacional pela Florida State University (EUA), que por dezessete anos atuou em instituições brasileiras, afirma que a base fundamental para o conteúdo do livro foi uma renovada concepção de avaliação, que a encara como um processo amplo e sistemático de coleta e análise de dados para averiguar a relevância de qualquer objeto de interesse. “A evolução ao longo dos anos estabelece uma perspectiva de profissionalização do avaliador, abordagem que trazemos em um caderno específico da obra. A bagagem disponível neste sentido inclui avanços metodológicos que propõem abordagens alternativas como gestão e contabilidade, benefício ao consumidor, inclusão e equidade social, sustentação do planeta, entre outros”, explica.

avaliação de programas socioeducacionais

A obra

A obra é um conjunto de oito cadernos que explica o conceito da avaliação, como planejar e colocar em prática as atividades de campo e ensina como avaliar de forma profissional os resultados. Os cadernos têm como objetivo a capacitação em avaliação na questão fundamental dos direitos e do atendimento a crianças e adolescentes, especialmente aqueles em situação de risco. O conteúdo pode ser aplicado para qualquer programa socioeducacional preocupado com a formação de indivíduos e grupos humanos.

A intenção é que os leitores consumam este material de forma plena, fazendo anotações, exercícios de aplicação da metodologia, promovendo debates, anotando ideias, adaptando-as à sua própria realidade e criando estratégias de avaliação que tenham relevância para os seus territórios e propósitos”, frisa Angela.

Na seção “Em outras palavras”, os autores apresentam os conteúdos de forma mais técnica, fazendo a ligação entre teoria e prática.

Cada caderno também conta com um resumo da unidade anterior, para facilitar a retomada de aspectos essenciais e garantir a sequência lógica dos conteúdos. Os livros estão divididos em: 1) Apresentação; 2) Abrindo o diálogo: o que significa a avaliação?; 3) A conversa continua: que rumo tomar?; 4) Enxergando o alvo: como questionar?; 5) Rumo ao campo: a travessia; 6) No campo: coletando as informações; 7) Voltando do campo: construindo a resposta e dando a notícia; 8) Atuando como avaliador profissional: iluminação não tem fim.

A linguagem

O formato inclusivo da apresentação dos conteúdos foi uma preocupação, garantido por meio de uma linguagem acessível, que favorece o entendimento da proposta, e de personagens extraídos de situações reais dos programas socioeducacionais.

Somam-se a isto elementos lúdicos muito fortes e inovadores para a temática: a metáfora e a ilustração. A avaliação é representada metaforicamente por um espelho, que oferece feedbacks, pistas e recomendações para as equipes de trabalho. As ilustrações de João Henrique Belo Evangelista dão cor e suavidade à narrativa, com a arte auxiliando na tradução de mensagens complexas.

Autores

Thereza Penna Firme: carioca, professora, pesquisadora e psicóloga, com especial formação em avaliação. Mestre e doutora pela Stanford University (EUA), tem quarenta anos de experiência nacional e internacional na temática, como consultora e conferencista, junto a instituições públicas, privadas e órgãos nacionais. Em 2018, foi eleita, por unanimidade, como “Educador do Ano” pela Academia Brasileira de Educação. Aposentada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), atua como coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio.

Vathsala lyengar Stone: indiana, professora e pesquisadora com dupla formação em ciências físicas e educação. Mestre e doutora em metodologia de pesquisa e avaliação educacional (Florida State University, EUA), atuou, por dezessete anos, em instituições brasileiras e conta com quarenta anos de experiência em avaliação e tecnologia educacional. Atualmente aposentada pela Universidade de Nova York, é diretora de pesquisa de um de seus programas voltados para pessoas portadoras de deficiências, no Centro de Tecnologia Assistiva.

Juan Antonio Tijiboy: salvadorenho de origem, naturalizado brasileiro, professor e pesquisador com formação em ciências da educação e educação de adultos. Mestre e doutor pela Stanford University (EUA), reuniu mais de trinta anos de experiência profissional ligada ao planejamento, administração e avaliação. Autor dos livros: “Educação, Ecologia e Desenvolvimento Municipal”, “O Jogo do Poder: usos e abusos – por uma educação política” e “Reeducacion urgente: desarrollar competencias para un mundo en transformación”, bem como de vários artigos e trabalhos em educação. Faleceu em 2013.

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